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Tradições japonesas para atrair boa sorte no Ano-Novo

O Japão é um país com cultura milenar, por isso, há muitas tradições em suas diferentes regiões, principalmente, visando trazer a boa sorte.
Grande parte dessas crenças vem das duas religiões mais antigas que existem por lá, o xintoísmo e o budismo.

E um dos principais períodos em que se praticam muitos rituais é entre o fim e começo de ano, dezembro e janeiro. Vamos entender mais?

 

Oshougatsu, o Ano-Novo

O Ano-Novo no Japão é conhecido como oshougatsu e suas comemorações se estendem de 31 de dezembro a 3 de janeiro, sendo um dos eventos mais importantes do calendário.

Nos templos budistas, os monges tocam o sino 108 vezes na noite de 31 de dezembro, o que se acredita que ajuda a espantar energias negativas para o novo período que se inicia. Logo na madrugada do dia primeiro, os templos iniciam orações, em outra tradição, conhecida como Saitan-sai.

Crédito: PangJee_S / Shutterstock.com

 

Já nos primeiros dias do ano novo, é praticado o hatsumode, no qual os japoneses costumam visitar um local sagrado, podendo ser um templo budista, ou um santuário xintoísta para pedir bênçãos às divindades.

Em Tóquio, há uma peregrinação conhecida como Yanaka Shichifukujin Meguri, em que o objetivo é visitar os sete santuários das divindades Shichifukujin, ou os sete deuses da fortuna, no primeiro fim de semana de janeiro. Embora, essas visitas possam ser feitas ao longo do ano, a preferência é por este período, pois acredita-se no mito de que um barco (takarabune) trazendo todas as divindades chegue na primeira semana de janeiro.

As sete divindades, representam as sete virtudes fundamentais aos homens, e cada uma delas traz bênçãos em diferentes áreas: Ebisu (prosperidade no trabalho e comércio), Hotei (felicidade e boa sorte), Fukurokuju (sabedoria e longevidade), Jurojin (longevidade e saúde), Benzaiten (beleza e artes), Bishamonten (proteção) e Daikokuten (prosperidade na agricultura e pesca).

Ao longo da caminhada pelos sete santuários, a fortuna e a prosperidade podem cruzar o seu caminho. Mapas são distribuídos para ajudar os visitantes nessa jornada, e é uma experiência muito rica para turistas interessados na cultura e tradição japonesa.


O poder do arroz

Enquanto no Brasil temos algumas superstições para garantir a boa sorte na virada de ano, como comer lentilha para prosperidade, ou ter como prato principal carnes de animais que se movimentam para frente, evitando aves que ciscam para trás, no Japão também há a crença de que alimentos trazem boas energias, principalmente aqueles que vêm do arroz!

O mochi é um bolinho feito de arroz glutinoso, e há um costume no fim de ano chamado Mochitsuki Matsuri, em que a comunidade japonesa se reúne para preparar o bolinho: desde a lavagem dos grãos de arroz, triturando-os em um pilão até que vire a massa utilizada no preparo. Essa tradição é muito antiga e é mantida também pelas colônias de imigrantes aqui no Brasil até hoje.

Ao preparar essa receita, acredita-se que as pessoas estão agradecendo as coisas boas recebidas no ano, e ao comer os mochis, estão aceitando novas dádivas e prosperidade para o novo ciclo que se inicia. Também há a crença de que a divindade do arroz dá energia extra para quem consome o grão.

Crédito: Shutterstock

        
Após a virada de ano, o mochi segue como carro chefe para atrair a prosperidade, desta vez presente numa sopa conhecida como ozooni. Acredita-se  que quem consome essa sopa, terá vida longa e fartura. Outra alternativa é o  Kinako mochi, que consiste em mochi tostado, e misturado com molho de soja, açúcar e água, e finalizado com kinako (farelo de soja), que traz sorte.

 

Outra superstição ligada ao bolinho de arroz no mês de janeiro, é que quem tem o  Kagami mochi em sua casa tem a sua sorte duplicada. Nessa versão, dois discos de mochis são empilhados e é colocada uma tangerina no topo.

Crédito: Shutterstock

 

Eles devem ser quebrados e consumidos no dia 11 de janeiro, em um ritual conhecido como Kagami biraki. Mais uma vez, ao ingerir os pedaços, as pessoas terão prosperidade e sorte durante todo ano que se inicia.

 

Toshikoshi soba, o macarrão da resiliência

Mas, não é apenas no arroz que a sorte reside no Japão! Outro prato consumido no dia 31 de dezembro, o Toshikoshi soba, feito com macarrão de trigo sarraceno, promete longevidade e resiliência, que são simbolizadas, respectivamente, nos longos fios do prato e no trigo sarraceno, ingrediente utilizado no preparo da massa e que não se deteriora facilmente.

O macarrão é servido em um delicioso caldo dashi, feito com alga konbu, e lascas de peixe bonito.

Crédito: Shutterstock

 

Osechi ryori, a refeição da sorte

A marmita japonesa, ou obentô, também recebe itens especiais para comemorar o Ano-Novo e essa variação exclusiva para essa época festiva é conhecida como Osechi Ryori.

Preparado antes da virada, ele é consumido nos primeiros dias do ano, e mesmo tendo variações em sua composição conforme a região do país, alguns ingredientes estão sempre presentes por terem significado e desejos auspiciosos para o próximo ano, como: datemaki (omelete adocicado), que traz pedido por dias melhores; konbu (um tipo de alga), que representa alegria; e tai (peixe Pargo), que simboliza a sorte.

Crédito: Shutterstock

 

Tanto o fim e o começo de ano para os japoneses são recheados de simbolismo em atividades e refeições. É uma ótima oportunidade para visitantes conhecerem alguns rituais e tradições e aproveitarem para atrair boa sorte no novo ano.

   

    

  

    

    

 

 

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